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Passo-a-passo (GTO)

Passo 1:
Antes de tudo, é preciso adquirir o kit. Pode parecer bobagem, mas comprar um kit por impulso ou simplesmente porque gostou da foto da caixa não significa que terá prazer em montá-lo. Sempre tento saber mais a respeito do fabricante, do modelo e até mesmo do nível do kit. É muito válido pedir para abrir a caixa e verificar as peças, as árvores, enfim, o kit como um todo.
Alguns são da opinião que não existe kit ruim, e sim modelista preguiçoso. Eu acredito na tese que existem kit ruins e também modelistas preguiçosos. Muitos fabricantes não respeitam escalas e medidas, muitos têm peças empenadas, mal injetados, mas independente disto, acho que um bom trabalho de montagem e acima de tudo paciência trazem resultados incríveis, sendo o kit ruim ou não.






Passo 2:
Após adquirir o kit, o próximo passo é entendê-lo. Ler o manual de montagem é imprescindível, pois nele você poderá captar informações úteis sobre o modelo, sobre o nível de detalhamento, sobre qual a ordem que melhor facilitará o projeto, e assim por diante. Sabendo o produto que tem em mãos, é hora de pesquisar sobre o modelo real. Saber detalhes de cores, padrões, opções, características, enfim, conhecer o carro real para poder retratar o mais fiel possível a réplica. Tendo em mente como quero que o modelo fique ao final da montagem, identifico as possíveis mudanças, as opções de montagem que o kit oferece e mãos a obra.
























Passo 3:
As peças quase sempre vêm com algum defeito de injeção ou até mesmo marcas das emendas dos moldes. É preciso analisar todas as árvores assim como a carroceria, chassi e pneus, identificando as imperfeições. Retiro as peças da árvore com extremo cuidado utilizando um alicate de cutícula. Então, é hora de lixar.




Passo 4: 

Esta parte do trabalho é importantíssima para que o resultado final seja satisfatório. Temos que retirar todas as imperfeições das peças utilizando lixas d'água que variam de granulações mais grossas (120, 220, para trabalhos mais árduos) até as mais finas (800, 1200, 2000 para desbastes leves). Isto deve ser feito para todas as peças. É claro que algumas peças são muito difíceis de lixar, dado o tamanho. Mas isto é uma das atividades que diferenciam as boas das más réplicas. Exemplo: muitos não lixam os escapamentos, deixando a falha de injeção causada pela união dos moldes à vista. 




Passo 5: 
Após lixadas, algumas peças fundamentais devem ser encaixadas, uma espécie de pré-montagem. Esta pré-montagem ajuda (e muito) principalmente em dois sentidos: 
1- Identifica imperfeições das peças, sejam estas de tamanho (ás vezes a peça é maior que o local e precisa ser desbastada) ou ainda defeitos do tipo capô torto, chassi torto. Neste caso, é preciso desentortar a peça sob o vapor de água quente. 
2- Aspecto de acabamento: você tem uma noção melhor do posicionamento das peças depois de montadas, facilitando assim a pintura. 
Se você resolveu fazer alguma modificação no kit, a pré-montagem é essencial. Nunca devemos partir para a pintura sem ter certeza de que as peças estão encaixando perfeitamente. 




Passo 6: 
Passada pela etapa de lixamento e pré-montagem, é a vez do fundo. Antes, lavo bem a carroceria com água e sabão neutro. Este fundo (mais conhecido como Primer) é um preparado que tem dois propósitos: 
1- A tinta automotiva não adere diretamente ao plástico. Logo, o Primer serve como retentor na tinta. 
2- O fundo cinza fosco possibilita identificar outras imperfeições do kit. Ele realça defeitos de injeções ou pequenos arranhões. 
Este Primer é facilmente encontrado em casas de tintas automotivas. 






Passo 7: 
Nova etapa de lixamento. Como o Primer ressalta imperfeições, é a hora de acabar de vez com elas. Repito o Passo 4 até que o resultado seja satisfatório. Neste caso, é preciso aplicar mais uma mão de Primer. Caso não haja mais nada a fazer, lixo o kit por completo para que o excesso de Primer seja retirado, deixando um fundo liso e sem o efeito "aveludado" e poroso que o Primer pode deixar. Este lixamento também é importantíssimo para o resultado final da pintura, pois se a base ficar áspera, a tinta também ficará. Após lixado, nova lavada com água e sabão. 

Passo 8: 
É hora da pintura! Preso em um suporte de fácil manuseio, o modelo deve ser pintado com passadas de aerógrafo sempre na mesma direção e sem interrupção, isto é, sem paradas demasiadas em uma mesma área. A tinta automotiva é muito fina e possibilita uma excelente cobertura sem perda dos detalhes. Geralmente, três mãos bem aplicadas dão conta do recado. Cruzar as demãos é importante para deixar a pintura uniforme. Pegando a posição do carro como na foto, pinte na horizontal, depois na vertical e ainda nas diagonais da direita para esquerda e vice-versa. 
Quase sempre o capô está separado. NUNCA o pinto separadamente. Colo-o com uma fita crepe e pinto tudo de uma só vez para não dar diferença na tonalidade. Dependendo da cor, aplico um fundo branco antes (para cores muito claras) ou um fundo prata (para cores metálicas ou perolisadas).




Passo 9: 
Aqui uma dica que vale para os carros antigos, antes da era dos robôs. Naquela época, os carros eram imersos em um tanque de tinta, logo o chassi também deveria ser pintado na cor da carroceria. Aproveitando que a tinta usada para pintar a carroceria está no aerógrafo, é exatamente isso que faço. Pinto o chassi da mesma cor da carroceria. Muitos pintam diretamente de preto, mas eu prefiro aplicar a mesma cor e posteriormente realizar um trabalho de envelhecimento. Note que a suspensão é preta, pois ela é montada posteriormente a imersão no tanque de tinta. (As rodas estão só para teste). 

Passo 10: 
Passadas algumas horas para que a carroceria seque, finalizo a etapa de pintura aplicando as outras tonalidades que o modelo necessita. Uma que não pode faltar é a do interior do carro. Geralmente os tetos são forrados com forro branco, preto ou tons de marrom ou cinza. Neste caso, aplico o mesmo tom que cobrirá os bancos e portas.


Passo 11: 
Outra parte importante da carroceria é a frente, onde se situa o motor. Ainda seguindo o mesmo raciocínio de que o carro real é imerso em um tanque, naturalmente deveria manter esta parte da mesma cor, mas alguns modelos (muitos, por sinal) têm esta parte pintada de preto ou ainda coberta com mantas silenciadoras, geralmente pretas. Vale aqui pesquisar para saber se a sua réplica deve ou não ser pintada de preto. 
Neste caso sim. Então, mascarei a carroceria para que o preto não manchasse o trabalho já realizado (aliás, mascarar é uma atividade muito comum no hobby!) e pintei o interior com preto semi-fosco. 


Aproveito para pintar com o mesmo preto as outras peças que compõem o cofre do motor, como a parede "corta-fogo" (aquela que separa o motor do interior). Ressalva: nesta área, lixei todos os relevos que imitavam fios pois aplicarei mais a frente fios separados para dar mais realismo. 


Passo 12: 
Sem mais pinturas na carroceria por fazer, utilizo massa de polir número 2 para tirar novamente o efeito "aveludado" que a tinta pode deixar. Faço isso com muita suavidade para não retirar a tinta. Então, lavo-o com água e sabão neutro e deixo secar ao sol. Depois aplico o verniz brilhante. Este verniz, trará o brilho que os carros reais apresentam. Nesta etapa, o uso de máscara é importantíssimo, pois a química do verniz solta um spray muito forte. A aplicação do verniz segue as mesmas regras da tinta. Mesma direção e sem paradas. Detalhe: com dias nublados ou muito úmidos fica impossível aplicar o verniz, pois o resultado final ficará um desastre. Curioso? Pois é, o verniz reage a muita umidade, ficando muitas vezes branco e fosco. Respeite o tempo de secagem conforme a descrição do produto. 




Passo 13: 
Após seco, é hora de dar polimento. Mas antes, uma “quebrada” com uma lixa de baixa granulação (2500 pra cima). Esse lixamento ajuda a tirar possíveis imperfeições e a famigerada “casca de laranja”. Feito isso, novamente com a massa de polir número 2, deixo a carroceria mais lisa possível, tirando aquele aspecto vidrado que o verniz pode deixar (no caso de estar um pouco grosso na hora da aplicação). O polimento pode ainda diminuir o aspecto "maçã do amor", isto é, quando aplicamos demasiadamente o verniz. Neste momento, todo cuidado é pouco, pois se aplicar muita força, três coisas podem acontecer: (1) arranhar o modelo com alguma sujeira intrusa ou com um algodão de baixa qualidade ou, (2) velar a pintura, isto é, tirar verniz, tinta e às vezes até Primer (deixando no plástico) e, (3) quebrar alguma peça.


Passo 14: 
Carroceria polida, vamos ao lustre. Utilizo um produto especial para lustrar. Este produto ajuda a puxar um brilho extra e aquele aspecto de molhado, dando um "espelhado" homogêneo em toda a carroceria. Eu gosto de utilizar os produtos da 3M (Linha Perfect-it). 


Passo 15: 
Carroceria polida e lustrada, é a vez de aplicar uma cera protetora. Pode-se aplicar ainda uma cera cristalizadora. Com ela, termino o trabalho de pintura da carroceria. Mas ainda falta muito para a finalização completa, como os adesivos, frisos e assessórios. Outra dica é utilizar algum produto anti-estático, que não deixam que fiapos ou outras sujeiras agarrem no kit. 



Passo 16: 
Parto então para o interior do carro. Neste caso, a cor escolhida foi o marrom. Pinto os bancos dianteiros e traseiros, as laterais e ainda uma parte do painel, pois este é originalmente preto tendo somente a área dos mostradores na cor marrom (máscara novamente). Nas laterais, realço as maçanetas e demais detalhes. 
O volante e o câmbio recebem pintura para imitar madeira nobre. O console central recebe alguns detalhes em pincel. Utilizo uma máscara sobre os bancos traseiros para poder pintar o assoalho de preto. 




Antes de avançar na montagem, aplico decais que imitam os tapetes. Também finalizo o painel aplicando os decais dos mostradores. Aqui, alguma dificuldade pois os decalques estão muito velhos. 


Utilizo um verniz semi-brilhante nos bancos. Após seco, dou outra mão bem "esfumaçada" do mesmo marrom nas áreas de maior contato para imitar o desgaste devido ao uso intenso, quebrando assim o brilho homogêneo deixado pelo verniz. 
Peças prontas, inicio montando o painel, colando os visores, coluna de direção e volante. Depois, colo no assoalho o console central e em seguida os bancos dianteiros. 
Agora, as laterais, com muito cuidado para ter certeza de que estão no lugar certo, pois se estiverem um pouco fora podem não entrar na carroceria. Finalizo a montagem do interior colocando o painel. 
O interior é uma etapa que também requer muita paciência. Um trabalho bem feito aqui ajuda a "crescer" o aspecto real e melhora o resultado final do modelo.
 


Galera como faz um bom tempo que não posto, vou colocar a parte final do passo-a-passo.

Agora é hora de iniciar as montagens das demais peças. Faço então as rodas. Elas vêm cromadas, mas este modelo não tem as rodas cromadas por completo (veja foto do carro). Neste caso, tenho que pintar a parte correta para imitar o ferro. Aplico a tinta com pincel por ser mais fácil. Utilizo tinta Tamiya XF-16 Alumínio Fosco. 
Depois, para dar mais realismo, faço um minúsculo furo com a broca para adaptar um pedaço de plástico que imitará o pino de ar. Este pedaço foi feito utilizando a técnica de "sprue" (pedaço inutilizável da árvore esquentada e puxada até a espessura desejada). 
Os pneus também devem receber atenção. Eles também sofrem com as marcas da injeção. Muitas vezes por desnível dos moldes, fica uma imperfeição bem no meio da banda de rodagem. Neste caso, lixo os pneus com uma lixa de pé, passando várias vezes até que as imperfeições sumam e também para dar o aspecto de desgaste.Finalizo a montagem unindo a parte interna da roda com a parte externa sob o pneu. Neste caso, o pneu saía de fábrica com uma faixa vermelha, que vem em decalque. Porém, só aplicarei esta faixa depois da roda montada no chassi, para não ter surpresas desagradáveis com o seu manuseio. Este modelo de pneu não apresentava escritas na cor branca, mas se fosse o caso, utilizaria uma caneta branca, vendida nas papelarias. 
Inicio então a montagem do motor. Nesta etapa também vale uma atenção especial, pois o resultado final pode enaltecer ou estragar o modelo. 
Estudo as peças e verifico a ordem de montagem e, antes de iniciar de fato, utilizando brocas de diferentes tamanhos (conforme o tamanho do fio que colocarei) faço os devidos furos (sempre respeitando o modelo real) onde serão fixados os cabos provenientes de distribuidor, bateria, motor de arranque, etc. Estes furos também são feitos por todo o cofre do motor e parede corta-fogo. 
Colo os dois lados do bloco do motor, aplico Primer e "masseamento" para tirar as imperfeições e então lixo. Só depois pinto, neste caso com o azul da Pontiac (alguns blocos podem ser laranjas ou vermelhos). Antes de colocar qualquer outro componente, aplico "aguadas" de Betume da Judéia par dar o efeito de graxa.
Com o corpo principal pronto, é a vez de pintar as demais peças do motor, que variam de preto, prata e dourado. Pinto-as na árvore mesmo (já com primer) e depois retiro com cuidado. Nos pontos que ficam brancos, utilizo canetas da mesma cor para cobrir. 


Após pintadas, inicio a montagem final, onde são adicionados os cabos e demais componentes. Vou colando todos os componentes e ao mesmo tempo os cabos necessários. Feito isso, já é possível colocá-lo sob o chassi.
Segunda parte da mecânica: para que o motor seja o mais real possível, entra a fase da pesquisa. Procuro na Internet fotos do motor. Com as informações prontas, parto para a construção de peças que não vieram no kit, como canos de combustível, bomba de gasolina, cabo de acelerador e demais tubulações. Com diferentes tipos de fios, posso imitar as diferentes variações de tubulações e fiação (parte elétrica). Aqui vai uma boa dica: estas casas eletrônica e de tecelagem e artigos para corte e costura consumam ter produtos que servem como uma luva para detalhamento de motor!
É hora de finalizar a parte inferior do veículo. Com suspensão traseira e cardan já pintados de preto e com os escapamentos devidamente pintados de alumínio, vou colando peça por peça, assim como o próprio motor.
Logo em seguida, colo as rodas. Aqui vale uma atenção especial, pois o alinhamento do modelo é vital. Por um acaso você já viu algum carro penso com uma das rodas pairando no ar? Pois é, isso não pode acontecer. Para verificar se as quatro rodas estão iguais, alinhadas e tocando o chão por completo, utilizo um pedaço de vidro, pois ele com certeza oferece uma superfície plana e reta.
Agora é a vez de dar o aspecto de velho e usado ao chassi do carro. O fundo do interior faz parte do chassi, então prendo-o com fita crepe para que o aspecto de velho seja feito nas duas peças juntas. Para tanto, faço o seguinte: 
1) Aplico Betume da Judéia para dar início ao efeito de usado, escurecendo de uma maneira "engraxada". Faço de uma maneira bem suave, não com a intenção de cobrir por completo, mas sim de misturar-se com a cor original do chassi. 2) O Betume tem uma cor meio amarronzada e para quebrar este marrom, aplico uma camada, também suave de preto fosco. 
3) Neste momento, o chassi já está bem escuro, mas ainda é perceptível a cor original em alguns cantos do chassi. 4) Com a técnica de pincel seco, com a cor prata, imito os desgastes originados pelas raspadas em lombadas, calçadas, pedras, etc. Procuro as partes que têm menor distância do solo. 
5) O aspecto de desgaste já é bem satisfatório. Mas para dar maior impressão de uso, aplico uma camada de Tamiya XF-57 (Buff), que representa muito bem a cor do pó. Concentro um pouco nas áreas em que estão mais perto do solo e também no interior dos pára-lamas e áreas próximas as rodas, assim como o lado interno dos pneus. Notem a diferença do chassi "usado" com o chassi puro (passo anterior).
Aproveitando que o aerógrafo está com a tinta Buff (pó), "sujo" também o motor, a parede corta-fogo, o radiador e o cofre do motor (aquela parte pintada de preto, no Passo 11). Desta maneira, consigo o aspecto de usado em todo o modelo. É claro que nesta área o pó não adere com tanta facilidade como no assoalho, então aqui a aplicação da tinta é mais suave ainda.
Já que a mecânica do modelo está praticamente finalizada, só restando a montagem de alguns fios e demais componentes que serão colados mais à frente, parto para a montagem dos vidros. 
Detalhe: a maioria os kits não vêm com os vidros laterais. Como eu quero dar um toque pessoal ao modelo, decido construir com pedaços de acetato todos os vidros laterais, desde o quebra-vento até o vidro da coluna "C". Para isso, corto o acetato exatamente no formato, somente deixando alguns milímetros extras para poder colar. Meço a distância onde deverá ter a caneleta guia e imito-a com uma tira de 2mm de Bare-Metal. 
Outro trabalho de vidraçaria importante é a criação da faixa azul protetora dos raios solares. Mascaro o pára-brisa de ambos os lados, deixando somente o espaço para a pintura da faixa do lado interno. Faço a faixa utilizando Clear Blue (azul transparente) levemente misturado com Smoke (preto transparente) para dar uma escurecida no azul. Outra dica: esta faixa não termina bruscamente. Ela tem início no teto e vai "sumindo" gradativamente. Para tanto, concentro o aerógrafo na mesma linha, para que o spray faça o efeito "degradê", ou "Fade-out", em inglês.
Este é um passo importantíssimo para o resultado final do modelo: a aplicação da folha metálica nas peças e partes que devem representar os frisos cromados. 
Se bem aplicada, renderá elogios, mas se mal aplicada, só trará desgosto à você. Ela pode dar vida ao kit como pode decretar sua morte. Portanto, toda paciência do mundo deverá ser aplicada nesta etapa. Caso estou tenso, apreensivo ou qualquer outro estado que não o calmo, não realizo esta aplicação por um simples motivo: 
A aplicação consiste em medir o tamanho do pedaço (entenda-se o tamanho da área a ser coberta mais sobras), cortá-lo, retirá-lo da folha, colá-lo no modelo, cortar a sobra, retirar a sobra e então alisá-lo. Já pensou em fazer isso se não quando calmo?
Com os frisos e vidros prontos, é a vez de encaixá-los nos devidos lugares. Colo cuidadosamente cada um com cola especial para peças transparentes da Testors. Mas cola escolar (Tenaz) serve muito bem também. Estas colas são ideais porque depois de secas ficam transparentes e se alguma coisa der errado, podem ser retiradas com água. Não tente colar os vidros com a Superbonder. Se errar e manchar o vidro, vai ter que suar muito para deixá-lo em estado de novo. Não que seja impossível, mas é trabalhoso. Colo os vidros somente após ter acabado a aplicação dos frisos. Colo também o espelho retrovisor e a luz cortesia no teto.
Entrando na parte final da montagem, colo o interior na carroceria. Colo também a parede corta fogo e o radiador. Com isso, a carroceria está pronta para se unir com o chassi. 
Note que o fundo do interior é também uma parte do chassi. Como na pré-montagem pude identificar isto, pude fazer o envelhecimento juntamente com o chassi (Passo 21). Caso não tivesse feito a pré-montagem, teria que fazer a pintura somente agora. Meio caótico, não?
Tudo pronto para o encaixe do chassi. Este encaixe deve ser cuidadosamente efetuado, pois alguma força em excesso pode ocasionar na descolagem de alguma peça. Geralmente, o encaixe acontece primeiramente com a parte traseira para então a parte dianteira. Alguns pingos de cola nas laterais para assegurar que a carroceria e chassi estarão bem unidos.
Agora com o chassi e carrocerias juntos, é hora de finalizar a mecânica. Cuidadosamente, vou colando os componentes do motor que faltam e ligando os fios nos devidos furos previamente feitos ( Passo 18 ). Caso necessário, utilizo o material de pesquisa para ter certeza de que a montagem está fiel ao carro real. Se preciso também, corrijo algum erro com canetas de retro-projetor nas cores específicas ou ainda com pequenas pinceladas com tinta.
A peça que compõe a grade dianteira e o pára-choque deve receber dois tons: o preto semi-fosco para a grade e o cinza metálico da parte que rodeia a grade. Então mascaro a frente e pinto o preto e depois o cinza metálico.
Ambos os pára-choques recebem os suportes das placas e um acessório que enaltece a preocupação com os detalhes: Placas brasileiras de licenciamento em Photoetched (finíssimas lâminas de metal) da dR Design. Decido pintar as placas de preto, para que representem as placas brasileiras para carros considerados carros antigos.
Finalizando o modelo, colo os retrovisores externos, lentes dos faróis, decalques alusivos a logos e marcas e demais acessórios externos. Um novo lustre para dar aquele acabamento final e um acessório para dar um charme particular: uma placa de "Vende-se" em escala feita em computador. 
Nota 1: esta réplica só não apresenta as linhas decorativas que o carro real tem ao longo de sua lataria pois os decalques que acompanham o kit estavam velhos e fracos demais. Ao tentar colá-los, tive a ingrata surpresa de vê-los rachar em inúmeros pedaços. Nota 2: pelo mesmo motivo de decalques velhos, não pude aplicar as faixas vermelhas nos pneus. Desta maneira, tive que improvisar: com uma caneta branca (vendida em papelaria) fiz as faixas nos pneus. Depois de secas, com caneta de retro-projetor vermelha, cobri a faixa branca para chegar na faixa originalmente vermelha.